Descrição
Composto por vinte e oito poemas (sendo um deles uma tríade), o livro é uma escrita da descrença e da reconciliação, do desafogo e da delação; é a produção de um sujeito poético natimorto, que sai de si para voltar, que aplica sua subjetividade nas objetividades do mundo, que flutua entre o micro e o macro, que examina o social escrevendo, mas escrevendo de mãos atadas; para isso, se vale de cenas aparentemente corriqueiras, ocorrências noticiosas e/ou institucionalidades veladas. Os poemas são de baixa pretensão – segundo o próprio autor –, pois antes a arte tem uma responsabilidade consigo mesma; a obra reflete o seu entorno apenas por ser inseparável dele. O cadáver e a pena crê na finitude da vida ao mesmo tempo em que desconfia do caminho à finitude, se o caminho pudesse ser mais belo, ele seria com poesia. Finalmente, o livro pode ser a inauguração de uma trilogia, lhe sucederiam Primeiras mortes (II) e Memento mori (III), num provável projeto poético mais amplo, a partir do qual o autor-sujeito poético não nasce, porém ressuscita.
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